PARADINHA: TER OU NÃO TER?

Joseph Blatter, presidente da Fifa, em entrevista sobre a próxima Copa do Mundo, saiu da pauta para falar sobre a famosa paradinha nas cobranças de pênaltis. Não é de hoje que esse ato vem tirando o sono dos goleiros. Alguns até afirmam, que essa criação de Pelé, ridiculariza a função do camisa 1.

Claro que o objetivo do futebol é fazer gol. Usando desse pressuposto, muitos partilham da opinião que o fim da paradinha seria um beneficio ao infrator.

O que eu posso dizer, é que isso não tem nada a ver com o benefício ao infrator, pois nem sempre o pênalti é marcado devido a um lance claro de gol. Ele pode ser marcado em uma infantil bola na mão ou um empurrão fora do lance em uma cobrança de escanteio. Em nenhuma dessas situações podemos afirmar que o resumo do lance resultaria em gol ou que o infrator evitou um gol eminente.

Partilho fielmente à opinião de Blatter, quando afirma que a paradinha é a mesma coisa que roubar no jogo. Digo isso,pois ludibriar o adversário é falta. Imagine uma cobrança de escanteio, em que o jogador de linha levanta os braços dando a entender que vai segurar a bola com as mãos. No momento em que ela chega, ele abaixa o braço, enganando o goleiro. A obrigação do árbitro é marcar a falta, assim como marcaria quando o adversário leva o outro a cometer um erro quando pede a bola.

Paradinha é ludibriar, enganar. Deveria ser proibida sim; visto que o goleiro só consegue fazer a defesa quando o batedor é incompetente e chuta em cima dele. Outra situação a ser analisada é que no momento em que o jogador para, o goleiro se move para frente, o que não pode. Dessa forma, mesmo que ele venha a fazer a defesa, corre um grande risco de que a cobrança de pênalti seja repetida.